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Eletrônica Básica 1
Aula 14: Amplificador Emissor Comum de pequenos sinais sem realimentação
Bibliografia  
1. Amplificador de pequenos sinais
     Um amplificador de pequenos sinais como o nome diz amplifica pequenos sinais. O que significa pequeno sinal? Um sinal que varia ao redor do ponto Q em um trecho aproximadamente linear das curvas caracteristicas não apresentando distorção. A Figura 1 mostra um ampliifcador emissor comum tipico para pequenos sinais. Observem os 3 capacitores no circuito, C1 e C2 são chamados de capacitores de acoplamento e tem como finalidade permitir que somente o sinal passe de um ponto para outro bloqueando a componente continua (polarização). O capacitor CE é chamado de capacitor de desacoplamento ou bypass e tem como finalidade desacoplar o emissor em CA (aterrar o emissor em CA). Então antes de estudar o amplificador de pequenos sinais voce aprenderá sobre esses capacitores.


Figura 1 - Amplificador Emissor Comum (AEC) de pequenos sinais

1.1.   Capacitores de acoplamento
       Um capacitor  de acoplamento, acopla  um ponto não aterrado a outro ponto não aterrado (acoplar significa deixar passar  somente o sinal, bloqueando a componente contínua). Por exemplo no circuito da Figura 2 se o capacitor  estiver bem dimensionado (XC <<  R1 +R2),  em RL teremos só a parte alternada da tensão de entrada (Ve) e com amplitude dada pelo divisor de tensão composto por R1 e R2 , isto é, o capacitor  terá reatância  desprezível face a R1 + R2 na menor freqüência de operação do  circuito.
Equações: Para um bom acoplamento     XC << RT  onde RT= Rs+RL    ou  

onde fmin é  a menor freqüência de operação do  circuito, por exemplo se for um amplificador de áudio   fmin =20 Hz.
Obs:  >> significa muito maior, e muito maior é pelo menos dez vezes maior.  A Figura 2a mostra um capacitor C acoplando dois pontos 1 e 2. A Figura 2b mostra as formas de onda nos pontos 1 e 2. Observar que no ponto 1 a tensão tem uma componente continua, 4 V. No ponto 2 não existe componente continua e o valor da amplitude depende dos valores de Rs e RL.
     
                     ( a )                                                                                                ( b )
Figura 2 -  ( a ) Capacitor de acoplamento acoplando dois pontos não aterrados 1 e 2 ( b ) formas de onda no ponto 1 e no ponto 2


Dimensionamento de C
Para um bom acoplamento a reatancia do capacitor deve ser muito menor que a resistencia total em serie:  Xc<<<RT=20 k, isto é, Xc<2 k logo:

ou

Adotar o valor comercial mais proximo superior C=1 mF

3. Amplificador emissor comum de pequenos  sinais
     Quando um transistor é polarizado,  uma tensão de polarização CC  é aplicada à base (VBE) e ao coletor (VCE). Quando um sinal é aplicado à entrada do amplificador a  tensão oscilará acima e abaixo de   VBE, portanto existirá uma variação de tensão (DVBE)  ao redor do ponto quiescente  o que provocará uma variação (DIE) de corrente ao redor do valor quiescente.
Atenção!!!  Um amplificador é chamado de pequeno sinais se a amplitude do sinal for suficientemente pequena de forma que a operação do mesmo se dá na região linear da curva IExVBE.  A Figura 3 mostra um sinal, DVBE, aplicado na base e a resposta,  DIE.

Figura 3 - Curva IExVBE de um transistor

Na Figura 3   define-se  a resistência incremental ou resistência dinâmica da junção base emissor como sendo:

re’  pode ser calculada aproximadamente por:

onde IE é a corrente quiescente de emissor e 25 mV é uma constante a  temperatura de 25ºC.
     A analise dos amplificadores de pequenos sinais que serão feitas a partir de agora usam o modelo simplificado chamado T  para determinar os principais parâmetros CA tais como  ganho de tensão, impedância de entrada e impedância de saída. Comparado a outros modelos  requer pouco calculo e por isso mesmo é indicado. Os resultados não são muito diferentes.
Obs: A resistencia estatica é simplesmente a tensão CC dividida pela corrente CC, isto é, R=V/I

3.1. Modelo simplificado do transistor em baixas freqüências
     Este modelo   (circuito equivalente) é para freqüências baixas, pois não considera as capacitâncias parasitárias, isto é, as capacitancias parasitarias são consideradas em aberto, pois em geral aparecem em paralelo com o transistor. Observe a notação usada par representar um sinal:

ic=ΔIC=variação da corrente de coletor ao redor do ponto Q
ib=ΔIB=variação da corrente de base ao redor do ponto Q
vbe=ΔVBE=variação da tensão  base emissor  ao redor do ponto Q
vce=ΔVCE=variação da tensão  de coletor ao redor do ponto Q


                                       ( a )                                                              ( b )
Figura 4 -  Circuito equivalente do transistor para baixas frequencias ( a ) sinais de corrente e tensão em um transistor ( b ) Modelo simplificado para pequenos sinais


  A analise de um amplificador é dividida em duas partes: O circuito em CC e o circuito em CA. A resposta global no circuito, Figura 4,  é a superposição das respostas no circuito CC e circuito CA. A Figura 5 mostra um estagio amplificador emissor comum completo com os capacitores de acoplamento e desacoplamento e a indicação das tensões em alguns pontos. Observe que a tensão total é composta de uma parte CC e de uma parte CA.


Figura 5 - Amplifciador Emissor Comum completo com a indicação das formas de ondas nos principais pontos

3.2.  Circuito equivalente CC de um amplificador emissor comum
      Para obter o circuito equivalente para CC, os capacitores deverão ser considerados como circuito aberto. As correntes e tensões presentes no circuitos são contínuas (ponto quiescente). Resulta o circuito da figura 6.  A analise deste circuito já foi feita quando o ponto quiescente (polarização) foi calculado.

Figura 6 -  Circuito equivalente CC do amplificador da Figura 5

3.3. Circuito equivalente CA de um amplificador emissor comum para pequenos sinais
    Para obter o circuito equivalente para CA, os capacitores e as fontes CC são considerados "curto-circuito" para variações, isto é, a variação de tensão entre seus terminais é zero, ou de outra forma, se for usado um voltimetro CA para medir a tensão nos terminais desses componentes será indicado zero.
As correntes  e tensões presentes no circuitos são variações, isto é: DVBE, DVCE DIB, DIE e DIC. Neste circuito deveremos determinar as impedâncias de entrada e saída e os ganho de tensão e corrente.
Tem alguma variação nos terminais da bateria Vcc? Não, a tensão é constante, então dizemos que os seus terminais estão em "curto-circuito" para variações. Então o circuito equivalente para variações é indicado na Figura 7.


Figura 7 - Circuito equivalente CA (circuito para variações)

3.4. Amplificador EC - Resistência de fonte zero e carga infinita
     A analise CA é feita  inicialmente considerando o caso em que a resistência da fonte (Rs) de sinal é nula e a carga (RL)  ligada na saída é infinita. A Figura 8  mostra o circuito nessas condições.

Figura 8 - Amplificador EC com Rs=0 e carga (RL) infinita

Observe que o  equivalente CC do circuito da Figura 8 é igual ao da Figura 6 e o circuito equivalente CA está indicado na Figura 9.
  
                                              ( a )                                                                                                     ( b )
Figura 9 - Circuito equivalente CA do circuito da Figura 8  ( a ) com transistor   ( b ) com circuito equivalente do transistor


Obs: No circuito equivalente CA  da Figura 9 o emissor está aterrado pois o capacitor CE é um curto circuito (se estiver dimensionado adequadamente). Os resistores R1 e R2 estão em paralelo pois a bateria é um curto circuito para variações (DV=0). Observar tambem   na Figura 9 que o sinal de entrada do gerador de sinais (Vg) é igual ao sinal aplicado na base (Ventr). Para esse circuito a impedância de entrada (Zentr) que o gerador Vg "enxerga" é:
Zentr=R1//R2//Zentr(base)        
onde

onde hfe é ganho de corrente CA (é o beta CA) que é diferente do beta CC. É um dos parametros do transistor no modelo H (hibrido).
O ganho de tensão entre a saída (Vsaida) e a entrada (Vg=Ventr) é dado por:


onde re’   é a resistência incremental da junção base emissor definida anteriormente.
O sinal de menos na expressão do ganho indica defasagem de 180º entre  a entrada e a saída.
Para a analise CA circuito da Figura 8 pode  ser  usado o modelo da Figura 10 a seguir  para representar a entrada e a saída.

Zentr=R1//R2//Zentr(base) ,         Zentr(base)b.re’       Z saida = Rc     e     o ganho



                                                           ( a )                                                                                                 ( b )
Figura 10 - Circuito equivalente CA do circuito da Figura 9  ( b )  Circuito equivalente CA do circuito da Figura 9 simplificado


O  circuito da saida  é obtido aplicando Thevenin ao circuito da Figura 9b, na saída.

4. Amplificador EC com resistência de fonte (Rs) e carga (RL)
      Observe  o amplificador EC da Figura 11. Neste amplificador existe uma resistência da fonte de sinal (que pode representar também a resistência de saída do estágio anterior), Rs, e uma carga (que pode representar a resistência de entrada do estágio seguinte), RL. Observe que o circuito em destaque é o mesmo analisado anteriormente, desta forma podemos usar o mesmo modelo da Figura 10, adicionando a carga (RL) e a resistência  da fonte (RS).


  
                                                   ( a )                                                                                             ( b )
Figura 11 - ( a ) Amplificador EC com resistência de  fonte (Rs) e carga (RL)   ( b )

Para a analise CA circuito da Figura 11 pode ser  usado o modelo da Figura 10b   para representar o transistor as resistencias R1, R2 e Rc.

A impedância de entrada é calculada  da mesma forma que antes, mas a tensão na entrada (Ventr) agora é uma  parcela da tensão do gerador Vg (é um divisor de tensão), Figura 11b.
Zentr=R1//R2//Zentr(base)    e   Zentr(base) = b.re



Na  saída devido a carga, RL,  também tem  uma divisão de tensão,  e portanto a saída será dada por:


sendo

4. Experiencia: Capacitor de acoplamento
4.1.  Abra o arquivo ExpEN1 Capacitor de acoplamento  e localize  o circuitos da Figura 12. Calcule qual o valor estimado da tensão em RL (VRL) de pico a pico,  e qual a sua forma de onda para C=10 mF. Inicie a simulação  e meça os valores de pico a pico na carga. Use a tabela 1 para indicar os valores medidos e  calculados


Figura 12 - Capacitor de acoplamento
Tabela 1 - Capacitor de acoplamento C=10 mF
Valor de  VRL
Calculado de pico a pico
Medido com osciloscopio (pico a pico)
Voltimetro (RMS)



4.2.  Repita o item 4.1  considerando agora C = 0,1 mF.Use a tabela 2 para indicar os valores medidos e calculados.
Tabela 2 - Capacitor de acoplamento - C=0,1 mF
Valor de  VRL
Calculado de pico a pico
Medido com osciloscopio (pico a pico)
Voltimetro (RMS)



4.3. Escreva as suas conclusões.

5. Experiência: Amplificador EC sem resistencia de fonte (Rs=0) e sem carga (RL infinita)
5.1. Abra o arquivo   ExpEN1 AEC sem Rs e RL sem realimentação e  identifique o circuito da Figura 13. Inicie a simulação, meça a corrente  de emissor e calcule o valor de re’ .Calcule o ganho total (AVT=Vsaida/Vg)   e anote na .tabela 3  como AVT(calc).  Meça a amplitude do sinal na saida de pico a pico, Vsaidapp e anote na tabela 3. Calcule o ganho por AVT(medido) e anote na tabela 3.
Adotar b=200 para efeitos de cálculos

Figura 13 -  AEC para experiencia - Resistencia de fonte zero e resistencia de carga infinita sem realimentação em CA
Tabela 3 - Medida do ganho do AEC resistencia de fonte nula carga infinita e sem realimentação
IE(mA)(Med.)r'e (calc.)(Ohms)AVT(Calc.)
Vsaidapp(V)
AVT(Med.)


5.2. Escreva as suas conclusões.

6. Experiência:  Amplificador EC sem realimentação e com resistencia de fonte (Rs) e com carga (RL)
6.1. Abra o arquivo ExpEN1 AEC  sem  realimentação e com  RL e Rs e identifique o circuito da Figura 14.  Use o modelo  das Figura 11b para calcular a tensão de saída (Vsaida) e em conseqüência  o ganho. Calcule o ganho parcial  entre a saida e entrada na base, Ventr (AVparcial=Vsaida/Ventr)    e anote na tabela 4  como AVparcial(calc).
Lembre-se que o ganho Av que aparece na expressão acima é o ganho  entre a base e a saída considerando RL infinito sendo dado por:


Figura 14 -  AEC para experiencia -  Com RL e  sem realimentação em CA
Tabela 4 - Medida do ganho do AEC com resistencia de fonte e carga  sem realimentação
AVparcial=Vsaida/Ventr
AVT(Calc.)=Vs/Vg
Vsaidapp(V)
AVT(Med.)
6.2. escreva as suas conclusões.
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